Uma matéria no site do Globo Esporte (27/6), intitulada “Lugar de culto é na igreja”, diz que o secretário estadual de Esportes, Turismo e Lazer do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, incluirá no edital para privatizar o Complexo do Maracanã (Estádio Mário Filho, Maracanãzinho, Célio de Barros e Júlio Delamare), que deverá ser lançado até o fim do ano, cláusulas que obriguem ao vencedor dar prioridade total aos eventos esportivos. Segundo o texto, “Paes não quis entrar em detalhes, mas deu a entender que quer os eventos religiosos passando longe do Complexo”, mas que “não pretende vetar o uso, tanto do estádio quanto do ginásio, para eventos culturais de grande porte”. A atitude parece seguir uma linha adotada na capital carioca. Recentemente, a Prefeitura proibiu a realização de um evento de música evangélica no Aterro do Flamengo e, após protestos, o transferiu para a Praça da Apoteose.
A reportagem do programa esportivo explica a atitude do secretário estadual afirmando que ele “quer aproveitar o Pan para deixar claro para a sociedade a importância do renovado Complexo para o desenvolvimento e promoção do esporte no Rio de Janeiro e no Brasil”. E lhe atribui a seguinte declaração:
“Não vamos fazer um edital de orelhada. Estamos fazendo estudos de viabilidade, pesquisas de mercado e tudo será como manda o figurino. Mas uma coisa é certa e faço questão: estará no edital uma cláusula que obrigará aos vencedores manterem equipes de vôlei e basquete de ponta para termos eventos esportivos no ginásio durante todo o ano. O Maracanãzinho e o Maracanã têm de ser usados para esportes. Eles estão abertos para o Holiday On Ice, que já está quase acertado, aliás, para um show do Roberto Carlos ou do The Police. Mas a prioridade é o esporte, sempre”.
Fonte: Agência Soma