O pastor Jefferson Barros resolveu desafiar o veto do Diretório Estadual do PSOL ao seu nome para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados e registrou sua candidatura no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro.
Anteriormente ao veto forma do Diretório Estadual do PSOL, Jefferson Barros já havia conseguido o aval da direção nacional do partido para registrar sua candidatura. Mesmo com a não inclusão de seu nome na lista que o PSOL fluminense enviou ao TRE na última semana, Barros conseguiu registrar sua candidatura usando uma cópia da ata da convenção nacional do partido, e agora, aguarda o deferimento de seu registro pela Justiça Eleitoral.
Pastor da Assembleia de Deus do Ministério Parque Anchieta, Jefferson Barros evitou dar declarações polêmicas sobre o imbróglio e negou ter ligações com o pastor Silas Malafaia. Esse foi o principal argumento usado pelo Diretório do PSOL para tentar barrar a candidatura de Barros, alegando que ele seria um infiltrado dos “fundamentalistas homofóbicos” e teria como propósito sabotar a agenda do partido.
“É um direito da regional do Rio contestar minha candidatura, eu era desconhecido do partido, não me deram oportunidade de me fazer conhecido, não só na minha atuação como pastor, mas como sindicalista. Quero evitar briga interna. Graças a Deus tive êxito na convenção nacional e registrei minha candidatura. Nunca fiz qualquer declaração homofóbica e não tenho nada a ver com o pastor Silas Malafaia. Eu o vi uma única vez, em 2009, em São Paulo, em um encontro da Convenção Geral das Assembleias de Deus, da qual ele nem mais faz parte”, afirmou Barros, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo.
Durante as discussões sobre a candidatura ou não de Barros, o deputado federal e ativista gay Jean Wyllys ameaçou retirar seu nome da disputa para a reeleição caso o PSOL aprovasse o nome do pastor.