O Pastor José de Arimatéia da Silva Bastos, que foi assassinado com 6 tiros na cabeça no último dia 06/10, foi enterrado sob protestos de seus liderados do acampamento Canaã, no KM 19 da BR 316, onde vivem aproximadamente quatro mil pessoas.
O cortejo com o corpo do Pastor percorreu cerca de 15 km até Ananindeua, no Cemitério Recanto da Saudade, e seus liderados seguiram à pé, ao lado de um caminhão baú onde o corpo foi transportado. Durante o percurso, que levou seis horas para ser percorrido, os moradores do acampamento entoaram o Hino Nacional e levaram um cartaz onde se lia “Não queremos guerra, queremos terra”.
Um carro de som com conhecidos do Pastor acompanhou o trajeto, onde manifestantes exaltavam a liderança de Arimatéia e protestavam contra a morte do líder do acampamento Canaã. Levy Pantoja, um dos manifestantes, anunciou que o acampamento mudaria de nome, em homenagem ao Pastor, e passaria a se chamar “Acampamento José de Arimatéia”.
Os familiares de Arimatéia estavam inconsoláveis e revoltados. “Quem fez isso vai pagar, o sangue dele não foi derramado em vão”, afirmou a mãe do Pastor, Elvira da Silva Bastos. “Ele lutou muito por esses políticos e candidatos e nenhum apareceu para dar as condolências”, afirmou. Já a filha do Pastor, Caroline Costa Barros, afirmou que a polícia não tinha informações sobre a identidade do assassino ou sua localização, e que tinha certeza que o motivo do crime era terra: “Um rapaz ofereceu R$ 500 mil para ele sair (do assentamento) e convencer as pessoas também a saírem”.
Segundo informações repassadas ao Diário do Pará, dois homens abordaram Arimatéia na casa de um vizinho, onde ele jogava em um computador. O Pastor teria pedido para não ser morto dentro da casa, e foi levado para fora onde os assassinos o mataram. O vizinho não foi morto.
Fonte: Gospel+