Bento XVI repetiu ontem, ao final da tarde, o apelo em favor da paz no Médio Oriente que já tinha deixado na recitação do Angelus. Em visita à igreja paroquial de Rhemes Saint-Georges, a poucos quilómetros de Les Combes, o Papa disse que “o mundo ainda está repleto de inimizade e violência”, rezando para que “o Senhor nos livre de todo o mal e nos dê a paz, não amanhã ou depois de amanhã, mas hoje”.
Comentando um passagem da Carta de São Paulo aos Efésios, Bento XVI frisou que “a guerra ainda vigora entre cristãos, muçulmanos e judeus”, mas assegurou que “a reconciliação e o sacrifício de Jesus não foram em vão: existe, de facto, a rede da comunhão eucarística que transcende as diferenças culturais. Estas são as forças da paz no mundo”.
“À violência deve responder-se com o amor que chega até à morte, como o de Cristo. É assim que Deus vence humildemente: com o amor que chega até ao fim. Este é o verdadeiro modo de colocar um fim à violência e de vencer o mal”, apontou.
Aos fiéis presentes, alertou para a necessidade de falar da “especificidade do Cristianismo” num mundo cada vez mais multicultural e multireligioso. “Neste momento em que há um grande abuso do nome de Deus, é preciso afirmar que a Cruz vence com o amor, com o rosto de Deus que vence e traz a luz e a reconciliação ao mundo”.
“É preciso dar testemunho da vitória de Deus através da não-violência”, concluiu.
Fonte: Agência Ecclesia