A Igreja Batista Peavine conseguiu quitar mais de US$ 5,7 milhões em dívidas médicas para mais de 4.200 pessoas. A ação foi viabilizada graças a uma doação de aproximadamente US$ 25 mil, arrecadados pelos membros da congregação até a véspera de Natal.
O pastor Joel Southerland disse à Baptist Press que “a dívida médica é a principal causa de falência do consumidor nos Estados Unidos” e pode impactar significativamente a vida financeira das pessoas, dificultando o acesso a empréstimos ou até a empregos.
De acordo com ele, 26% dos americanos enfrentam os efeitos debilitantes dessa dívida, e a igreja localizada em Rock Springs, Geórgia, decidiu abençoar pessoas em sua região com as mesmas dificuldades.
Entidade sem fins lucrativos
Para executar o projeto, a igreja contou com a parceria da RIP Medical Debt, uma organização sem fins lucrativos fundada em 2014 e sediada em Nova York. Essa entidade utiliza doações para comprar dívidas médicas por centavos de dólar por meio do sistema de cobrança, perdoando os valores posteriormente.
A Igreja Batista Peavine realiza iniciativas de caridade anualmente durante o período natalino. Em anos anteriores, os fundos arrecadados foram destinados a lares adotivos, despensas de alimentos locais e um centro de assistência à gravidez pró-vida.
Southerland explicou que ações como o “12 Days of Christmas” foram implementadas após consultas à comunidade sobre projetos que poderiam beneficiar a região.
A RIP Medical Debt tem parcerias frequentes com igrejas nos Estados Unidos. Em 2022, por exemplo, a The Altar Fellowship, em Johnson City, Tennessee, arrecadou US$ 50 mil, o que permitiu a quitação de US$ 8 milhões em dívidas médicas. O pastor da igreja, Mattie Montgomery, destacou em entrevista que deseja que “a generosidade extravagante seja uma marca reconhecida da igreja”.
De acordo com o The Christian Post, um órgão governamental anunciou recentemente a exclusão de aproximadamente US$ 49 bilhões em dívidas médicas dos relatórios de crédito de 15 milhões de americanos.
Rohit Chopra, diretor do órgão, explicou que a regra elimina uma exceção que permitia abusos no sistema de cobrança, protegendo consumidores que enfrentam dificuldades financeiras devido a problemas de saúde.