Dados oficiais divulgados pela Public Health Scotland na última segunda-feira (26) revelaram que a Escócia atingiu o maior número de abortos desde o início dos registros. Em 2024, foram realizados 18.710 procedimentos, um aumento de 468 casos em relação a 2023.
Detalhes estatísticos:
-
A taxa entre mulheres de 15 a 44 anos subiu de 17,5 (2023) para 17,9 por mil (2024).
-
Abortos repetidos representaram 41% do total (7.670 casos), ante 7.282 em 2023.
-
Procedimentos envolvendo diagnóstico de síndrome de Down aumentaram 15,38% (60 casos).
-
Abortos seletivos por deficiência somaram 280 ocorrências, crescimento de 76,74% frente a 2018.
-
Intervenções entre 18-20 semanas de gestação passaram de 147 para 152.
Abortos domiciliares:
O modelo, adotado como medida temporária durante a pandemia de COVID-19 e tornado permanente em 2022, segue gerando controvérsias. Catherine Robinson, porta-voz da Right To Life UK, declarou:
“Grande número de parlamentares e médicos alertou sobre riscos. Casos como o de Carla Foster, que realizou aborto além do limite legal de 24 semanas em casa, confirmam preocupações com segurança”.
A organização defende a reintrodução obrigatória de consultas presenciais para avaliação gestacional precisa.
Contexto legislativo:
-
Em setembro de 2024, o Parlamento escocês aprovou a Lei de Serviços de Aborto (Zonas de Acesso Seguro), estabelecendo perímetros de 200 metros ao redor de clínicas – a maior distância mínima global.
-
Dentro dessas zonas, são proibidos protestos, orações silenciosas, exibição de cartazes e abordagens audíveis, sob multas de até £10.000 (R$ 76.300).
-
Delegados do Partido Nacional Escocês (SNP) aprovaram moção para incluir o “direito ao aborto” em eventual constituição de uma Escócia independente.
Opinião pública:
Pesquisa encomendada pelo Daily Telegraph em abril de 2025 apontou:
-
71% das mulheres defendem o retorno das consultas presenciais pré-aborto.
-
Apenas 9% apoiam o modelo domiciliar permanente.
-
70% são favoráveis à redução do limite temporal para procedimentos.
-
91% defendem a proibição de abortos seletivos por sexo.
Robinson reforçou: “Cada aborto representa um fracasso social em proteger vidas e apoiar mulheres. Consultas presenciais reduziriam riscos”. O governo escocês não se pronunciou sobre possíveis revisões na política de atendimento. Com: Christian Today.