O pequeno documentário sobre Edir Macedo, que a Record vai exibir no próximo domingo, terá 35 minutos e, nele, o bispo deverá poupar de ataques a inimiga Rede Globo. Ele concedeu a entrevista ao jornalista Paulo Henrique Amorim.
Diferentemente de sua biografia (ed. Larousse), que será lançada na segunda, e na qual bate pesadamente na concorrente, no documentário ele evita atacar a Globo e se atém mais à sua prisão, ocorrida em maio de 1992, quando foi acusado de curandeirismo, charlatanismo e estelionato. Macedo acabou inocentado de todas as acusações.
Na biografia, o bispo relembra que a única equipe de jornalismo que estava presente no momento de sua prisão, no 91º DP, era justamente a Globo. E insinua –mas não acusa– que a emissora estaria por trás de sua prisão.
Por pouco a prisão não provocou uma tragédia. Os policiais civis tinham ordem de prendê-lo dentro da sede da Universal, onde 1.500 pessoas ouviam a pregação do bispo. Tiveram o bom senso de esperá-lo sair e o prenderam na região. Tiraram-no no BMW em que estava ao lado da mulher, Ester, e o levaram para o DP da Vila Leopoldina.
A prisão acabou virando um marco não só na vida de Macedo, mas na história da Igreja Universal. Do escândalo inicial, a prisão foi logo considerada injusta; a igreja passou a atrair fiéis em massa; houve mobilização popular diante do 91º DP (Vila Leopoldina) e o bispo passou a receber apoio de vários segmentos da sociedade, inclusive de políticos como Lula.
Onze dias e três pedidos de habeas corpus depois, foi solto. Graças a uma defesa jurídica considerada como perfeita, do advogado Marcio Thomaz Bastos. É essa história que será contada no “Domingo Espetacular”.
Fonte: Jornal o Nortão