Cerca de 150 estudantes participaram de um culto promovido pela missão evangelística “Aviva Universitário“ no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) nesta quinta-feira (15).
O evento, que incluiu momentos de louvor, oração e pregação, integra uma campanha nacional para levar atividades religiosas a instituições de ensino superior públicas e privadas.
O evangelista Lucas Teodoro, líder do movimento, conduziu a reunião e citou o versículo bíblico “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mateus 11:28) como eixo da mensagem.
Em declaração às redes sociais, Teodoro afirmou: “Estamos testemunhando um mover espiritual nas universidades. As federais do Brasil serão alcançadas”.
Expansão e impacto
Desde setembro de 2023, o “Aviva Universitário” realizou eventos em pelo menos 12 universidades, incluindo a UFMG, UnB e USP, além de espaços públicos como a Praça Universitária de Goiânia (GO).
Segundo a organização, mais de 600 estudantes já participaram das ações, com 80 declarações públicas de conversão ao cristianismo. Relatos de “curas emocionais” e “renovação de propósito” também foram compartilhados por participantes.
Para as comunidades protestantes, o evangelismo é um pilar central da fé, fundamentado no “Ide” de Jesus Cristo (Mateus 28:19), interpretado como um mandato para difundir o Evangelho.
A prática é vista não apenas como proselitismo, mas como missão integral, que combina pregação, serviço social e transformação espiritual. Historicamente, movimentos como a Reforma Protestante (século XVI) enfatizaram o acesso direto às Escrituras e a responsabilidade individual de compartilhar a fé.
No contexto atual, iniciativas como a do “Aviva Universitário” refletem a priorização de espaços secularizados, como universidades, para “reconquistar” jovens em ambientes percebidos como distantes dos valores cristãos.
Para líderes evangélicos, o evangelismo também é uma resposta a crises de sentido e solidão entre a geração Z, oferecendo, segundo eles, “esperança prática e transcendente”.
Reações
A adesão à iniciativa tem dividido opiniões. Enquanto alguns alunos celebram a “oportunidade de conexão espiritual”, outros criticam a presença de atividades religiosas em ambientes acadêmicos. A UFRJ não se pronunciou oficialmente sobre o evento.
Os organizadores lançaram um desafio, planejando expandir as ações para mais oito estados até junho, com foco em cidades como Salvador (BA) e Recife (PE). “Queremos alcançar até 3 mil universitários neste primeiro semestre”, afirmou Teodoro.